terça-feira, 31 de março de 2009

O AMOR DE DEUS

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

A MAJESTADE DO AMOR DE DEUS

Um cavalheiro, que pensava consistir o cristianismo somente em problemas misteriosos, disse a um velho ministro: Parece-me muito estranha a seguinte declaração: "A Jacó amei, mas aborreci a Esaú."
"Sim, é muito estranha", disse o ministro, "porém, qual é a parte que lhe parece mais estranha?" "Oh!", respondeu o cavalheiro, "o que concerne ao aborrecimento de Esaú."
"Bem, senhor", replicou-lhe o ministro, "quão maravilhosamente somos feitos e quanta diferença há entre um e outro!" A parte mais inconcebível desta história é como Deus pôde amar a Jacó. Não há mistério tão profundo como o do amor de Deus. – N.T.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMOR DE PAI

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
UM PAI QUE AMA

Um jovem empregado numa igreja de Londres perdeu sua esposa. Tinha um filhinho. Os anciãos da igreja tinham a esperança de que algum dos parentes viria e tomaria cuidado da criança, mas nenhum apareceu. Dois ou três anos passaram-se. Um domingo, quando a igreja estava cheia, o ministro subiu ao púlpito, guiando uma criança pela mão, sentando-a adiante consigo. Começou o sermão.
Em seu sermão o ministro falou da mãe de Cristo, e a agonia de sua alma ao ver Jesus morto na cruz. Disse: "Pensai na vida de uma criança sem os ternos cuidados de uma mãe! Quem jamais pode envolver um filhinho? Quem pode cuidar, acariciar, quem pode amar como uma mãe?"
Tão grande era o seu sentimento, que a voz forte e dominante parou, como que esperando uma resposta. Em meio do silêncio de toda a congregação uma voz suave, como de uma criança, fez-se ouvir, tão clara e docemente: "Um papai também faria tudo da mesma maneira, querido papai!"
Assim, nosso Pai, com um coração mais amante que o de mãe, com uma simpatia mais pronunciada que a de um irmão, com um amor que excede a todo o amor humano em conjunto, procura fazer o maior bem à família humana. Não podemos nós, então, dizer com Jesus: "Nosso Pai?"
– The Lovers Love.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

VOLTA AO LAR

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
COM VERGONHA DE VOLTAR AO LAR

Os filhos são os tesouros mais preciosos dos pais. Os anelos do coração de um pai também são bem ilustrados por Charles F. Brown, numa história que lhe foi narrada por seu colega, que mora em Nova York.
Conhecia um homem que em sua meninice ficou cansado de estar em casa, e portanto fugiu. Tornou-se um marinheiro, e por dez anos trabalhou nos navios, ficando grosseiro, duro e bruto. Nunca, durante todo este tempo, escreveu uma carta ao lar. Pensou que em sua casa já o teriam por morto. Finalmente seu desejo de voltar ao lar tornou-se tão grande que decidiu voltar.
Entrou no porto, tomou um pequeno barco e remou em direção ao lar. Sobreveio-lhe a idéia de que talvez todos estariam mortos. Tinha vergonha de ser visto durante o dia, portanto, esperou até à noite. Então remou em direção da casa, mas viu uma luz, e alguém que se movia na praia. Não desejava encontrar estranhos, e por isso se retirou outra vez. Voltou às dez, mas a luz continuava no mesmo lugar. Retirou-se outra vez e esperou até às onze, mas a luz estava ali ainda, e alguém estava andando pela praia. Aproximou-se do lugar e eis que seu pai, de barba branca, olhos melancólicos, coração quebrantado, estava ali. Noite após noite, durante dez anos, havia colocado uma lanterna para guiar e receber o seu filho, que voltaria ao lar paterno.
Deus é assim. É um pai, e nenhum filho, jamais, será esquecido por Sua mente infinita e dos propósitos inumeráveis de seu coração amante.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O AMOR CONSTRANGE

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O AMOR CONSTRANGE

Faz alguns anos, edificamos um templo em Chicago e por isso estávamos muito ansiosos por mostrar ao povo o amor de Deus. Pensávamos que, se não pudéssemos inculcá-lo nos corações mediante a pregação, trataríamos de gravá-lo a fogo neles. Assim, com esta intenção, fizemos colocar no púlpito estas palavras com luzes: "DEUS É AMOR".
Numa noite em que caminhava certo homem pela rua, olhou por dentro da porta da igreja e viu o texto. Era um pobre pródigo. Seguindo adiante o seu caminho ele pensou: "Deus é Amor". . . Não!.. . Ele não me ama, porque sou um desgraçado pecador." Tratou de esquecer-se do texto, porém ele parecia brilhar perante os seus olhos com letras de fogo; com este pensamento caminhou mais adiante, mas voltou atrás e entrou no templo.
Não ouviu o sermão; mas as palavras deste lacônico trecho se haviam gravado profundamente em seu coração e isto bastou.
É de pouca importância o que digam os homens, se somente a Palavra de Deus tem entrada no coração do pecador. Ele ainda permaneceu depois da bênção e eu o encontrei chorando como uma criança. Expliquei-lhe as Escrituras e a luz do Evangelho brotou em seu coração, o que fez com que se regozijasse em Cristo. – D. L. Moody.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMOR E COMPAIXÃO

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

O AMOR NUNCA DEIXA DE EXISTIR

Quando Romney, o grande artista inglês, era jovem, enamorou-se de uma senhorita e se casaram; porém a sua paixão foi maior pela sua arte. Um dia soube que o Sr. Josué Reynolds dissera que fora uma lástima o fato de Romney haver se casado, porque tinha talento para chegar a ser um grande artista e então não poderia subir muito devido a ter que cuidar de sua esposa. Ao ouvir isto Romney separou-se de sua jovem esposa e foi para Londres. Pintou vários quadros de pessoas da mais alta posição social de toda a Inglaterra, produzindo assim, pinturas tão notáveis que valiam muitos milhares de dólares. Isto fez com que ele adquirisse renome e fama em Londres por algum tempo; porém começou a envelhecer e enfermou. Juntou todas as suas coisas e voltou para sua esposa, que ficara no norte da Inglaterra. Ela o recebeu e cuidou dele ternamente até que morresse. Alguém disse, então, que o espírito que sua esposa manifestou foi de maior valor que todas as pinturas feitas por ele.
Muitos professam ser de Cristo, porém, deixam e desfazem os Seus planos. Afinal voltam e morrem nos braços de Cristo, o qual, apesar de tudo, nunca os deixa, mas com eles fica através dos anos.
– Tannyson's Poems.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

A FILHA PRÓDIGA

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
A FILHA PRÓDIGA

Era uma vez um negociante que tinha uma filha, prendada, bonita e inteligente. Filha única, tornara-se o alvo de todo o afeto e de todas as esperanças de seus pais. Possuidores de muito dinheiro, conseguia a jovem tudo quanto desejava, mas o seu coração era vazio. Nada havia que não estivesse ao alcance de suas mãos.
Entregou-se de corpo e alma aos divertimentos profanos. Percebia, entretanto, que a felicidade que buscava, dando pasto às paixões, estava um pouco adiante das suas realizações. Foi de queda em queda e, depois, de abismo em abismo. Entrou pelos lupanares a dentro, chegando aos lugares mais abjetos. Recebeu insultos e tapas de miseráveis. Mas no fundo de seu coração guardava imperecível o seu amor para com os pais. Os duros desenganos, longe de apagar o seu afeto filial, mais o intensificavam.
Certa noite recebeu a visita de um dos seus amigos favoritos, moço de boa família e de acurada educação. Estava, entretanto, completamente transformado, o rosto cheio de manchas, a boca infecta, o bafo impregnado de vapores alcoólicos. Ele tentou agarrá-la, mas ela fugiu-lhe.
– Você tem medo de mim? – perguntou-lhe. – Sou um farrapo de homem... Uma pústula social... Você está certa. É verdade. Mas eu sou apenas um espelho onde poderá também contemplar o seu próprio rosto ... Que é da menina de outrora? da moça rica? da jovem elegante? Um farrapo, também. . .
Foi somente nesse dia que a pobre decaída compreendeu a magnitude de sua miséria, moral e física. Resolveu atirar-se em baixo de uma locomotiva. Tinha apenas um desejo para satisfazer, antes da morte: ouvir a voz saudosa da querida mãe.
Dispôs de tudo quanto tinha, distribuiu entre suas infelizes companheiras as roupas e objetos de estimação, preparando-se, depois, para uma longa viagem, onde haveria uma interrupção, seguindo-se a eternidade.
Viajou todo o dia, concentrada em si, recordando os dias mais felizes de seu passado, a juventude e a meninice.
E a viagem prolongou-se pela noite a dentro. Checou, pela madrugada, à sua terra natal. Temendo que o dia a surpreendesse, foi da estação a pé à casa de seus pais. Pretendia encostar o ouvido à porta, esperar que sua mãe se levantasse, na alvorada, como de costume, dentro de uma ou duas horas, ouvi-la chamando pelo marido, e depois retirar-se, como se fosse uma ladra receosa da chusma de perseguidores.
Fez como havia pensado, mas, ao sentar-se na soleira, ao colocar o ouvido à porta, percebeu que estava aberta e se moveu sobre os gonzos. Lá dentro se ouvia barulho, chinelos se arrastavam, cadeiras eram empurradas. O coração batia descompassadamente, mas não tinha forças para se levantar.
Então abriu-se a porta e surgiu de dentro, com a lamparina na mão, a estremecida velhinha por quem viera de tão longe.
– Minha mãe, perdoe-me, – disse banhada em lágrimas. – Não queria entristecê-la com minha presença. Desejava apenas ouvir sua voz, pela última vez, antes da morte, mas a porta estava aberta... Não foi culpa minha...
Levantando-a, carinhosamente, beijando-a na face, sua mãe lhe respondeu:
– Filha, desde que você partiu nunca mais esta porta se fechou, nem esta lamparina ficou sem chama durante a noite. Quantas vezes o vento fez ranger os gonzos, tantas vezes me levantei, pensando que você estava de volta. Não queria que minha filha viesse um dia procurar-me e pensasse que esta porta não lhe seria aberta...
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

PROVAS VISÍVEIS

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

PROVAS VISÍVEIS

Um evangelista contou que ele tinha estado a pregar o Evangelho no bairro mais perigoso de uma grande cidade. Entre os seus ouvintes achava-se um bem conhecido ateu que o desafiou pura um debate em público. O desafio foi aceito pelo evangelista sob uma condição. Pediu ao ateu que, no dia do debate, levasse um bêbado, que tivesse deixado o vício pela influência do ateísmo; uma decaída que tivesse mudado de vida pela leitura de livros ateus; um jogador que tivesse abandonado o jogo por ter abraçado o ateísmo.
Em seguida o evangelista disse: "Prometo marchar à frente de um pequeno exército de ex-bêbados, ex-meretrizes e ex-jogadores que abandonaram seus vícios por terem ouvido a pregação do Evangelho de Jesus Cristo e foram salvos pelo poder de Deus." O ateu calou-se. Que podia ele dizer diante das "Provas Visíveis?" – A Voz Missionária.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMOR DE JESUS

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

O MARAVILHOSO AMOR DE CRISTO

Em 1921 irrompeu um incêndio em uma floresta no Himalaia. "Que estão olhando?", perguntei a alguns homens que tinham os olhos fitos em uma árvore. Apontaram então um ninho de passarinhos em uma árvore a arder. Por sobre ela esvoaçava um pássaro em grande aflição. Poucos minutos depois, o ninho pegou fogo: "Agora, a ave mãe fugirá." Ao contrário, ela voou para baixo, estendendo as asas sobre os filhinhos. Dentro em pouco, a pobre ave, juntamente com os pequeninos, ficou reduzida a cinzas. Eu disse aos que estavam ao redor: "Não é de pasmar esse maravilhoso amor?
Pensem quão mais maravilhoso deve ser o amor dAquele que amou tão abnegadamente Suas criaturas! O mesmo abnegado amor trouxe Jesus Cristo aqui a fim de tornar-Se homem, para que, dando Sua vida, pudesse salvar-nos, a nós que estávamos perecendo em nossos pecados."
– Maria R. Acomb, em The Pilot.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMOR - SACRIFÍCIO

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
MORREU POR ELA

Um vapor fora de encontro a uma montanha de gelo, que lhe causara grande rombo.
Não havendo barcos salva-vidas para todos os passageiros, o comandante, rapidamente, numerou tantas papeletas quantos eram os lugares nos barcos e misturou-as com outras em branco, que somavam o número dos passageiros.
Quem tirasse papeleta numerada, iria para o barco, quem tirasse papeleta em branco, pereceria com o navio.
Havia um casal com uma filhinha, o marido tirou papeleta numerada e a mulher papeleta em branco.
Ele, rapidamente, levou a esposa para o barco, colocou-a em seu lugar, e pondo-lhe a filhinha nos braços, disse: "Quando ela tiver doze anos, conte-lhe o que está acontecendo hoje, e que o pai morreu para salvá-la."
Onze anos mais tarde a mãe cumpriu o último desejo do marido, e no dia que a filha cumpria o 12º aniversário, contou a história. Depois de ouvir, admirada, tão impressionante história, subiu a uma cadeira, colocada debaixo do retrato do pai e, tendo-lhe admirado a face por alguns minutos, em profundo silêncio, disse: "Eu te amo, papai, eu te amo, porque morreste em meu lugar."
Há Um que morreu em meu lugar e em teu lugar. Vamos amá-Lo!
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O AMOR É PACIENTE

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O AMOR É PACIENTE

Alguns anos atrás, numa cidade industrial da Inglaterra, uma jovem se ofereceu ao superintendente de uma escola dominical para ensinar uma classe. O superintendente lhe disse que não havia classe sem professor, mas se ela quisesse sair a procurar um grupo de meninos e ajuntá-los numa classe, apreciaria muito. Ela fez isso, e reuniu uma classe de pobres meninos maltrapilhos. Entre eles, o pior e menos promissor era um chamado Roberto.
O superintendente convidou os meninos a irem a sua casa, um dia, que presentearia a cada um com um terno. Foram, e cada um recebeu o seu terno novo. Depois de dois ou três domingos, Roberto não apareceu.
A professora foi em sua busca e descobriu que seu terno estava rasgado e sujo. Convidou-o a voltar à escola. Ele foi, e o superintendente lhe deu outro terno novo. Depois de comparecer uma ou duas vezes, Roberto deixou de vir. De novo a professora foi a sua busca. Viu que o segundo terno havia seguido o caminho do primeiro. Referiu o caso ao superintendente, dizendo que estava completamente desanimada acerca de Roberto, e que teria de desistir de ajudá-lo.
– Não faça isso, disse o superintendente; ainda tenho esperança de que existe em Roberto alguma coisa boa. Tente mais uma vez. Vou-lhe dar um terno pela terceira vez, se ele prometer assistir à classe regularmente.
Roberto prometeu. Recebeu seu terceiro terno e não mais deixou de vir à escola. Começou a interessar-se. Tornou-se um fervoroso e perseverante em buscar a Jesus e O encontrou. Tornou-se membro da igreja. Estudou para o ministério, e o fim da história é este: aquele menino maltrapilho, sujo e fujão tornou-se o Dr. Roberto Morrison, o grande missionário na China, que traduziu a Bíblia para o chinês. – 1001 Illustrations.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMOR - SACRIFÍCIO

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O AMOR OBSERVA A REGRA ÁUREA

– Não te precipites com o menino, disse Maria a seu marido, ouvindo-o exortar asperamente o filho a que se não demorasse pela rua quando tornasse da escola.
– Desejo apenas ser obedecido, retorquiu o marido e, voltando-se para o menino, disse: Agora vá para a escola e, quando voltarem, vem diretamente para casa; do contrário eu te ensinarei.
Carlos despediu-se enxugando as lágrimas que ocultamente lhe deslizavam pelas faces. Era um belo e guapo rapaz de nove anos de idade, cheio de vida, e, portanto, naturalmente disposto a toda sorte de desenvoltura. O pai, porém, parecia antes inclinado a olvidar que os meninos são meninos e que seria fora do natural, em um tal rapaz, não ser desembaraçado e esperto.
Teve, porém, de aprender à sua custa. Durante a tarde os seus negócios o embaraçaram um pouco, pelo que volveu à casa um tanto indisposto. Ele não era mau; enfadava-se, porém, facilmente quando as coisas não corriam conforme os seus desejos. Muito exato e pontual em tudo, não lhe suportava que outros não o fossem também.
Sentado ao fogão da sala, sua fisionomia revelava mau humor, que ainda mais se acentuou quando sua mulher lhe anunciou que Carlos voltara da escola todo molhado e coberto de lama.
– Onde está ele?, perguntou severamente o pai.
– Na cozinha, volveu a mãe; ele teme entrar, porquanto a empregada o avisou de que estavas em casa.
– Não admira que receie entrar, pois ainda ontem o exortei a não ir tão perto do rio. Manda-o entrar.
Carlos entrou, tiritando de frio. Um olhar do pai bastou para o convencer do que o aguardava.
– Não disse para você não ir tão perto do rio? Amanhã mostrarei a você o que penso deste procedimento, mas de um modo que você não esquecerá tão facilmente.
– Mas papai, disse o menino, permita-me que explique ao senhor como foi?...
– Não quero ouvir, vá para a cama!
– Desejo somente dizer ao senhor, papai, que...
– Já disse: cale-se! e com um gesto significativo acrescentou: Você vá para a cama ou se arrependerá.
O menino obedeceu vagarosamente, recolhendo-se ao quarto sem haver jantado. Quando Carlos deixou a sala, disse a mãe, comovida:
– Eu acho que você devia ter escutado o que Carlos tinha a dizer. Você sabe que no mais ele sempre tem sido bom filho, e que, se comete alguma travessura, é mais por inadvertência do que acintosamente.
– Bem, mas ele devia obedecer-me, visto como lhe proibi terminantemente de ir tão perto do rio.
Entretanto, parecia que uma nuvem sombria pairava sobre aquela habitação, em geral risonha e alegre. Quando os dois esposos se recolheram, o pai sentiu-se impelido a espreitar para dentro do quarto em que Carlos dormia.
Aproximando-se cautelosamente do leito e interceptando com a mão a luz da vela, fixou longamente o rosto do menino que ressonava tranqüilo. Intimamente se arrependia de sua atitude, embora procurasse reprimir esse sentimento dizendo de si para si que a consciência do dever o aconselhava a ser firme. Falando depois com a esposa, prometeu ouvir primeiro o que Carlos tinha a lhe dizer, antes de recorrer à medida extrema.
Essa ocasião, porém, não veio. No dia seguinte, ao acordar, notaram com surpresa que o menino tinha sida acometido de uma inflamação cerebral, de que não mais conseguiu restabelecer-se. A despeito de todos os desvelos e do desejo ardente com que estavam os pais de que Carlos os tornasse a reconhecer, o infeliz menino faleceu algum dias depois.
Quando a notícia da morte de Carlos alcançou a escola, um dos colegas íntimos do menino veio ter com sua família.
– Eu estava com ele quando entrou na água.
– Deveras?, inquiriu o pai. E você pode me dizer como foi?
– Sim. Dois meninos estavam pescando, quando, não sei como, um deles escorregou e caiu. Carlos, sem hesitar, atirou o boné, lançando-se após o rapaz, conseguindo, com dificuldade, arrastá-lo para fora do rio. Ele e eu o pusemos na margem. Carlos me pediu que nada dissesse, porque lhe haviam proibido de ir perto do rio, Pelo caminho sempre repetia: "Que dirá meu pai quando me vir assim? Porém, eu não podia proceder de outra maneira, devia salvar Tomé."
– Meu pobre e desventurado filho!, exclamou o pai. Era isto que me desejava contar, recusando-me a ouvi-lo. Deus me perdoe!
Lágrimas lhe rolaram pelas faces e ainda muitos anos depois o aspecto dos brinquedos e dos livros de Carlos lhe pungia o coração, o que podia ter evitado, se tivesse ouvido o filho antes de o condenar. – Pérolas Esparsas.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

REAVIVAMENTO

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O CRESCIMENTO DO AMOR

O crescimento do nosso amor e de nossa vida espiritual, não é coisa do acaso, que nos venha sem resolução de nossa parte. O novo nascimento de que Jesus falou a Nicodemos implica cedermos à operação do Espírito de Deus em nós.
O Dr. F.B. Meyer contou certa vez a seguinte experiência de um velho ministro do Evangelho:
Depois de fazer parte de um retiro espiritual e de um Instituto de Especialização, foi o ministro enviado para um campo em que não se verificava progresso no trabalho havia alguns anos.
O seu primeiro ato foi escolher um grupo de pessoas piedosas que todas as sextas-feiras se reuniam para orar em favor de uma renovação espiritual da igreja. Passados quinze meses a situação permanecia a mesma. Parecia que os céus estavam fechados.
O velho ministro convocou então a igreja para uma reunião de oração em conjunto. Afluiu grande número de crentes.
Após a leitura bíblica e oração, o ministro explicou o objetivo da reunião – despertamento espiritual da igreja.
Seguiu-se um silêncio sepulcral – todos esperavam e ninguém se manifestava.
Repentinamente um dos mais antigos e preeminentes oficiais da igreja se levantou e disse: "Penso que não veremos o Espírito Santo manifestar-se enquanto eu e o Sr. Jones não fizermos as pazes." Levantando-se, foi ao encontro do irmão citado e propôs-lhe que se perdoassem mutuamente e dessem por encerrado o velho caso que os separava havia cinco anos. Um longo aperto de mão selou a paz havia tanto desejada. O oficial voltou ao seu lugar e um profundo suspiro partiu do auditório.
Novo silêncio se fez no templo.
Logo um crente se levantou e disse: "Sr. Pastor, creio que não teremos um despertamento espiritual enquanto eu lhe disser coisas agradáveis e lisonjeiras na sua frente e falar do senhor pelas costas. Peço que me perdoe as minhas faltas do passado". Um apertado abraço traduziu o perdão do ministro.
Teve então lugar um dos mais tocantes quadros que aquele ministro jamais presenciara. Durante um quarto de hora todos os presentes se movimentaram, em silêncio e num ambiente de paz e perdão, procurando os seus adversários ou as pessoas ofendidas, implorando-lhes o perdão das faltas cometidas.
Aquela reunião marcou o início de um grande despertamento espiritual naquela igreja. – Duzentas Ilustrações, pág. 84.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O SACRIFÍCIO DO AMOR

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O SACRIFÍCIO DO AMOR

Quem não tem lido com interesse o conto do toque de descanso?
Um jovem soldado, por uma ofensa, foi condenado à pena de morte e a hora indicada para sua execução foi o momento do toque de descanso.
Naturalmente tal morte teria sido terrível na primavera da juventude; mas a morte desse desventurado jovem foi duplamente terrível, porque ia logo casar-se com uma senhorita a quem amava muito.
A jovem, que o amava tão ardentemente, fez tudo quanto pôde para evitar sua morte; foi suplicar ao juiz e ainda foi ver Cromwell, o grande general, rogando-lhes que anulassem a pena de morte, mas tudo em vão. Em sua desesperada condição procurou persuadir e subornar o sineiro para que não desse o toque de descanso, mas isto tão pouco teve êxito.
Aproximou-se a hora da execução e todos os preparativos foram feitos. O oficial tomou o criminoso e o levou para o lugar determinado, ficando à espera de que se fizesse o sinal pura o toque de descanso.
Todos ficaram pasmados porque o sino não soou; só um ser humano sabia o motivo daquilo. A pobre senhorita, meio louca de desespero, pensando na terrível situação do noivo, havia subido à escada da torre, até onde ficava o sino e se agarrou ao badalo com toda a sua força. O sineiro estava no seu lugar à hora de costume, puxou a corda que pendia do sino e este começou a bambolear.
A valente jovem agarrou-se com mais força ao badalo e era sacudida juntamente com o sino. A cada movimento parecia-lhe que iria ser atirada pela janela da torre. Toda vez que o sineiro puxava a corda, a jovem ainda que naquela desesperada condição, mais se agarrava ao badalo, mesmo que suas mãos estivessem doridas e sangrentas, e a sua força, se esgotando. Por fim, o sineiro se foi, satisfeito de haver cumprido o seu dever. Sendo velho e surdo não notou que o sino não havia tangido. A valente moça desceu a escada, ferida e trêmula, e apressadamente foi do templo ao lugar da execução.
O próprio Cromwell estava ali, e no momento que ia mandar alguém saber o motivo do silêncio do sino, ela o viu, e sua fronte, antes pálida e triste, brilhou com esperança e valor. Contou o que havia feito e lhe mostrou suas mãos e faces ensangüentadas; embora desfalecida pela profunda angústia, encheu-se-lhe o coração de piedade e uma luz deslumbrou-lhe os olhos.
– Vá embora – exclamou Cromwell –, o toque de descanso não soará esta noite.
Pensa você que este jovem, redimido da condenação da lei pelo sacrifício do amor, consideraria difícil qualquer serviço ou sacrifício que fizesse por quem o havia salvo de uma morte segura? De nenhuma maneira; ele teria posto sua vida no altar do sacrifício por ela.
Escutai outra história, de um amor mais glorioso. A cena se deu no Calvário: Jesus, o filho de Deus, estava na cruz. A fronte, uma vez coroada com glória, agora está coroada de espinhos; as mãos uma vez estendidas para feitos de amor, de misericórdia, agora estão cravadas cruelmente na cruz. O coração, que uma vez palpitava e se compadecia das tristezas da humanidade, está atravessado pela lança que derramou seu precioso sangue. Oh! que triste momento na história do mundo! Ele tremeu, as montanhas estremeceram, o sol se escondeu, a pobre humanidade caiu na escuridão porque o Filho do Homem estava moribundo.
Escutai: "Está consumado!" O grande plano da redenção, nascido no amor de Deus, agora recebeu o último toque para cumpri-lo e Deus e o mundo se encontram reconciliados.
Ó amigos! Isto foi por nós! Correspondamos, não somente com nosso coração, e nossa vida, mas também com tudo que temos para glorificar ao Filho e estender Seu reino de pólo a pólo. – L.G. Broughton.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMOR MARAVILHOSO

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
AMOR MARAVILHOSO

Uma velha de rosto encarquilhado e repulsivo, depois de uma vida de incredulidade e pecado, se convertera, !ornando-se objeto de perseguição de seus maus vizinhos. De todas as maneiras procuravam perturbar, e provocar à ira, o espírito de paciência e bondade que agora ela possuía. Finalmente, um dos perseguidores, tendo esgotado todos os recursos para lhe tirar a paciência, exclamou venenosamente:
– Eu acho a senhora a velha mais feia que eu já vi!
Ao que a velhinha, rosto brilhando de uma luz que lhe dava uma fisionomia atraente e simpática, respondeu em lágrimas:
– E não é maravilhoso que Jesus pudesse amar a uma velha feia como eu? – 1001 Illustrations.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

A CONFIANÇA DO AMOR

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

A CONFIANÇA DO AMOR

O Dr. Clay Trimbull gostava de contar o caso seguinte, que lhe demonstrou o segredo do poder de Napoleão sobre os seus soldados e o poder do amor e da confiança que estes lhe tinham: Encontrando-se com um veterano francês que servira às ordens do grande comandante, perguntou-lhe o Dr. Trimbull:
– Os soldados de Napoleão gostavam dele?
– Se gostavam!, exclamou o velho francês, aprumando-se todo, e com os olhos despedindo chispas de entusiasmo. Se gostavam! Críamos nele. Se Napoleão dissesse: "Vão para a Lua!", todos os soldados se poriam em caminho para lá. E Napoleão haveria de achar o caminho.
Nós temos um Comandante que é maior do que Napoleão. Encetai o caminho cristão, caros amigos, e Cristo no-lo abrirá. – 1001 Illustrations.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMAREMOS OS IRMÃOS

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

AMAREMOS OS IRMÃOS
I João 3:14

Nas catacumbas de Roma encontram-se maravilhosos atestados da graciosa fraternidade que prevalecia na igreja primitiva. Os corpos de membros da mais alta sociedade romana ali estão lado a lado com os despojos de humildes camponeses, e mesmo escravos. As inscrições naquelas sepulturas de cristãos primitivos não fazem referência a posição ou casta. Eram irmãos em Cristo – isso bastava. – Meditações Matinais.

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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O AMOR, O CENTRO DO CRISTIANISMO

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

O AMOR, CENTRO DO CRISTIANISMO

A parábola do bom samaritano acentua o valor e a necessidade do serviço de amor entre os crentes. Do livro Er ist unser Leben, págs. 105 e 106, extraímos o seguinte:
"Perguntando o missionário Stanley Jones ao Mahatma Gandhi o que se deveria fazer para introduzir o cristianismo na Índia, respondeu Mahatma: 'Primeiro que tudo, eu aconselharia os cristãos a começarem entre si mesmos a viver como Cristo viveu.' Eu sabia, diz Jones, que através dos olhos de Gandhi me observavam os trezentos milhões da Índia, e como que diziam: Se os senhores quiserem vir a nós no espírito de seu Senhor, não lhes poderemos resistir. Nunca foi lançada ao Ocidente um repto maior que esse, e nunca foi feito com maior sinceridade do que nessa ocasião, pelo Mahatma. 'Em segundo lugar, prosseguiu ele, eu aconselharia que traduzissem em atos a sua religião, sem lhe fazer violência e a rebaixar.' Com estas palavras o maior vulto não-cristão da atualidade nos repta a levar a seus compatriotas um Evangelho não debilitado. Disse alguém que os chamados cristãos têm vacinado o mundo com um cristianismo suavemente degenerado, de modo que os homens agora estão imunes contra o cristianismo verdadeiro. Em terceiro lugar, continuou Gandhi, eu sugeriria que os senhores ponham ênfase no amor, porque o amor é o centro e a alma do cristianismo. Não se referia ao amor como simples sentimento, mas ao amor como poder em ação, e desejava que ele encontrasse aplicação por parte dos indivíduos, grupos, raças e nações, como poder unificador e salvação do mundo." – X.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

CONCEITO DE DEUS

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

DIFEREM OS CONCEITOS DE DEUS E DO HOMEM
I Sam. 16:7

A uma senhora crente e muito formosa, perguntou-se qual o segredo de sua formosura. "Adorno meus lábios com a verdade, respondeu ela; para a voz, uso a oração. Meus olhos são ungidos com o colírio da pureza. Uso caridade para as mãos, amor para o coração e retidão para o meu corpo." – Meditações Matinais.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O AMOR É PACIENTE

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O AMOR É PACIENTE

Uma das provas mais dolorosas por que se pode fazer passar o caráter e a paciência de um homem foi a que sucedeu ao célebre filósofo Abauzi, quando residia em Genebra. Parece-se em diversos pontos com a desgraça que aconteceu a Newton e que ele suportou com igual resignação. Entre outras coisas, Abauzi dedicava-se ao estudo do barômetro e de suas variações, com o fim de deduzir as leis gerais que governam a pressão atmosférica.
Durante vinte e sete anos fez, todos os dias, numerosas observações que escrevia em folhas de papel preparadas para esse fim. Um dia, a criada, que recentemente entrara ao seu serviço, quis mostrar o seu zelo, pondo tudo em ordem. O gabinete de Abauzi, assim como todos os outros aposentos, foi limpo e arranjado. Quando ele entrou, perguntou à empregada: – Que fez do papel que estava à roda do barômetro?
– Oh, senhor!, estava tão sujo que o queimei e coloquei no seu lugar este papel que está completamente novo, como o senhor pode ver.
Abauzi cruzou os braços e, depois de alguns instantes de luta interior, disse com toda a paciência, resignado:
– Destruiu o resultado de vinte anos de trabalho; para o futuro não mexa em nada do que estiver neste quarto!
– Respigando.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMOR INCONDICIONAL

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
AMOR INCONDICIONAL

Pessoas há que são descorteses porque são egoístas. Outras, porque são ignorantes, e outras, ainda, porque lhes falta imaginação. Jesus sempre Se interessava nas pessoas. Crianças, mendigos, doentes, a mulher junto ao poço, todos nEle encontravam um amigo. Sempre é edificante encontrar uma pessoa que tenha assimilado o espírito bondoso de Jesus.
Algum tempo atrás faleceu na Inglaterra um desses homens: Frank Higgins. Milhares o haviam ouvido falar, tinham-lhe visto o sorriso cativante e sentido seu cordial aperto de mão. Deu a vida à pregação do Evangelho aos rústicos trabalhadores nas derrubadas de matas, e à organização da assistência social entre eles. Frank Higgins amava os homens, não importava quão rude fosse o seu aspecto. Tão corpulento e corado era ele que poucos perceberam que estava literalmente dando a vida em favor dos outros enquanto andava, de lugar a lugar, levando às costas pesado cesto cheio de folhetos para distribuir aos trabalhadores.
Quando afinal teve de ser internado num hospital, para se submeter a uma intervenção cirúrgica, um grupo daqueles robustos homens que ele conduzira a Cristo combinou mandar um dentre eles em companhia de Frank, para de algum modo lhe ser útil, pois amavam muito aquele homem que lhes ensinara a amar ao Senhor. O homem escolhido era desses tipos agigantados e fortes, decididamente fora de lugar nos recintos de um hospital, e deixou-se ficar pelos corredores, aguardando oportunidade de ser útil a Frank. Ao chegar a hora da operação, disse-lhe: "Frank, você sabe que nós o amamos e queremos ajudá-lo; agora, enquanto os médicos vão fazer a operação, ficarei junto da porta; e, Frank, se os médicos virem que precisam de um litro de sangue, ou um pedaço de osso ou pele, podem contar comigo. Frank, você pode receber de mim a última gota de sangue ou cada um dos ossos deste corpo; não se esqueça, Frank, que estou junto da porta!"
Porventura nós já dissemos coisa semelhante Àquele que nos salvou, pela morte na cruz? – 1001 Illustrations
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

AMOR QUE PERDOA E CRÊ

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

AMOR QUE PERDOA E CRÊ

Uma jovem teve que abandonar o lar por causa dos maus tratos que o pai, ébrio, lhe infligia. Por muito tempo ela ficou muito ressentida com o pai, mas depois aceitou a Cristo, e seus ressentimentos cederam ao desejo de mostrar ao pai o que o amor de Cristo fizera por ela, e resolveu voltar para casa. Falou ao pastor acerca de sua resolução.
– Que fará você, perguntou-lhe ele, se seu pai continuar a implicar com você acerca de tudo?
– Esforçar-me-ei um pouco mais, respondeu ela.
– Que fará se ele a maltratar e acusar injustamente e você for tentada a perder a paciência?
– Orarei um pouco mais, foi a resposta.
– Que fará se ele a espancar e ferir, como tantos vezes fazia outrora? Não o abandonará, então?
A menina pensou por um momento, e então volveu:
– Eu o amarei com mais empenho.

Essa jovem possuía o amor de que Paulo escreve em I Cor. 13:7, amor que "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

BEBA BASTANTE

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

BEBA BASTANTE!

Um rapazinho, duma irmandade de sete, sofreu um acidente e foi levado para um hospital. Ele vinha de um lar humilde onde a fome era terrível. Ali o copo de leite nunca estava bem cheio, ou, se estivesse, era repartido entre dois ou três irmãos. Depois de a criança haver sido acomodada confortavelmente no leito do hospital, uma enfermeira trouxe-lhe um grande copo de leite.
Ele olhou bem para o copo e, com a lembrança das muitas vezes em que tivera que repartir outros copos com os irmãos, perguntou: "Até onde devo beber?" Com olhar radiante e um nó na garganta, a enfermeira lhe respondeu: "Beba tudo."
Ó alma faminta e sedenta; quanto beberá do amor e da bondade de Deus? Não há restrição. Beba tudo; beba outra vez, e outra mais! Inexaurível é o suprimento.
– Cenáculo.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O PODER DO AMOR

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O PODER DO AMOR

Um garotinho de quatro anos de idade foi levado, das favelas de Chicago, para um orfanato. Depois de lhe haverem dado o banho e o terem aprontado para ir para a cama, à noite, quando a empregada lhe indicou o leito alvo e macio, erguendo os lençóis limpos e convidativos, ele fez um gesto de espanto, dizendo:
– A senhora quer que eu entre aí? Pra quê?
– Claro, pois é aqui que você vai dormir!
O pequeno arregalou os olhos. A idéia de dormir num lugar desses era para ele compreender. Nunca em toda sua vida, dormira em uma cama.
Foi posto carinhosamente no leito e a empregada lhe deu o boa noite com um beijo. E aquele pedacinho de gente tirou a mão de debaixo das cobertas e esfregou na face, para enxugar o beijo.
– Por que a senhora fez isso? – perguntou intrigado.
Mas na manhã seguinte se achegou para a empregada e lhe pediu:
– A senhora não quer fazer aquilo de novo – aquilo que me fez ontem à noite?
Nunca dantes recebera um beijo, nem sabia da existência de tal expressão de afeto.
Uma semana depois, o garoto vinha para junto dela três ou quatro vezes ao dia e, com expressão de doçura, rogava: A senhora me quer amar um pouco?
Algumas semanas depois chegou ao orfanato uma senhora, desejosa de adotar um órfãozinho como filho, de maneira que a empregada lhe trouxe aquele garotinho. A senhora, fitando-o, disse:
– Tomazinho, você não gostaria de ir para minha casa? Ele ficou olhando para o chão. Tornou ela: – Eu lhe darei um cavalinho e uma porção de brinquedos, e você terá um tempo divertido, e lhe darei muitos passatempos interessantes.
O pequeno continuou fitando o chão, sem dar nenhuma atenção à senhora. Esta continuou falando, procurando persuadi-lo, e por fim o pequeno lhe fitou o rosto e disse:
– A senhora vai me amar, também?
Digo-lhes, amigos, há nesta historiazinha muito de patético, que nos fala eloqüentemente do poder do amor. – 1001 Illustrations.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O AMOR QUE SACRIFICA

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

AMOR QUE SACRIFICA


O exercício da caridade, ou amor, às vezes exige algum sacrifício de nossa parte. Um menino tinha um lindo canário que cantava, maravilhosamente. Como ele gostava de ouvir aquele trinado mavioso! E como cuidava bem de seu canário, nunca lhe deixando faltar comida nem água!
Um dia a mãe daquele menino adoeceu e o canto do passarinho a incomodava muito. Vocês sabem que se uma pessoa tem dor de cabeça forte, ou febre, qualquer ruído a incomoda. Quando a mãe do menino lhe disse como o canário a incomodava com o seu canto, o pequenino ficou muito triste, mas não disse nada. Tomou lago a gaiola com o canário, e levou-os ao seu primo. Disse então à mãe que o canário não mais a incomodaria, pois havia dado de presente ao primo. A mãe, admirada, perguntou se ele então não amava o canário...
– Muito, disse o pequeno, mas a senhora sabe que eu amo a senhora muito mais, e não poderia ficar com uma coisa que lhe desse incômodo.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O PODER DO AMOR

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O PODER DO AMOR

Conta-se a história de uma águia gigantesca, nas montanhas da Escócia. Certo dia baixou ela a um quintal onde se achava uma criancinha num berço. Tomou o pequenino infante e subiu, subiu, subiu, até que afinal depositou o pobrezinho à borda de um rochedo. A mãe estava como louca. Toda a vila ficou horrorizada. E dirigiram-se para o pé do rochedo, discutindo ali a maneira de poder alcançar a criança.
Um musculoso marinheiro declarou: "Hei de apanhá-la." E pôs-se a subir pelo rochedo. Mal começou, porém, teve de voltar atrás. Então um rústico montanhês, acostumado a escalar montanhas, disse: "Eu a trarei." E subiu, subiu, mas eis que não pôde avançar mais, e voltou.
Aproximou-se então uma camponesa que, vencendo toda resistência de todos, empreendeu a grande ascensão, subiu, subiu, mais, mais, até que chegou afinal ao pé da criança, descendo então pouco a pouco, chegando a salvo.


Por que será que o marinheiro e o montanhês não haviam sido capazes de alcançar a criança, ao passo que uma simples camponesa pôde fazê-lo? Ah! é que aquela mulher era a mãe da criança!
– A Supremacia do Amor.
do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O AMOR

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O AMOR

O evangelista Moody contava a seguinte história:
Em Brooklyn fiquei conhecendo um jovem. Quando rompeu a guerra, esse jovem estava noivo de uma moça da Nova Inglaterra e o casamento foi adiado. O jovem foi muito feliz nas batalhas em que tomou parte, até que, pouco antes de terminar a guerra, teve início a Batalha do Deserto. A noiva contava os dias que levaria para o noivo voltar. Esperava cartas, que não chegavam.
Afinal recebeu uma, trazendo no subscrito uma caligrafia diferente da que lhe era conhecida. A carta dizia o seguinte: "Houve outra batalha terrível. Desta vez fui infeliz: perdi ambos os braços. Não posso escrever eu mesmo, de maneira que estou ditando a um companheiro. Escrevo para avisá-la de que você me é tão querida como nunca; mas agora terei que depender de outras pessoas para o resto dos meus dias, e faço-lhe esta para desobrigá-la do compromisso do noivado."
Esta carta não teve resposta. No trem seguinte a moça se dirigiu para o cenário da última batalha e mandou avisar o capitão da finalidade de sua chegada, e conseguiu o número da cama do rapaz. Percorreu a enfermaria e, no momento que os olhos caíram sobre o número dado, correu para o ferido e, lançando-lhe os braços em torno do pescoço, beijou-o.
– Jamais o abandonarei, disse ela. Estas mãos nunca o deixarão; sou forte para sustentá-lo; hei de cuidar de você.
Meus amigos, vós não podeis cuidar de vós mesmos. Pelo pecado estais condenados. Cristo, porém, diz: "Eu cuidarei de ti."
do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

O INDIGNO



Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O INDIGNO


Certa mãe pedia o perdão para seu filho a Napoleão. O imperador dissera que se tratava de uma segunda ofensa, e a justiça exigia a morte.
– Não peço justiça, disse a mulher, pleiteio misericórdia.
– Mas, respondeu o imperador, ele não merece misericórdia.
– Senhor, replicou a mãe, se ele merecesse não seria misericórdia, e é misericórdia tudo o que peço.
– Está bem, concluiu o imperador, terei misericórdia. – Adaptado.


do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

OAMOR É LONGÂNIMO

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O AMOR É LONGÂNIMO
Deus ama você


Conta O. Funcke como seu pai, que era médico, foi chamado para atender a um menino acidentado, que, contra a proibição paterna, subira a uma alta escada e levara uma queda. Depois de o haver examinado, disse o médico aos pais:
– Aqui termina a minha arte. Gustavo partiu duas vezes a espinha. Quanto antes morrer, melhor para ele!
Então o pai se aproximou do menino, dizendo-lhe, com um olhar quase hostil:
– Você está vendo, menino desobediente, o que ganhou? Pois eu não proibira expressamente subir na escada? Ai de mim! agora não tenho mais filho e herdeiro!
A fisionomia do filho ficou como empedernida. Logo, porém, sua mãe veio ajoelhar-se-lhe ao lado, tomou-lhe uma das mãos e disse, num tom que denotava infinita compaixão:
– Gustavo, meu pobre Gustavo, Deus ama você, ama muito mais do que eu lhe posso amar. Crê que o grande e glorioso Deus dos Céus ama você, mesmo que agora o deixe descansar. . .
Nunca presenciei no rosto de qualquer pessoa tão rápida e feliz transformação como no rosto do pequeno Gustavo. Estendeu ambas as mãos, tanto quanto pôde, e disse:
– Ele me ama, Ele me ama, Deus me ama!
Morreu instantes depois, inconsciente, mas tendo um sorriso nos lábios. – Er ist unser Leben.
do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

DERRIBADA A PAREDE DE SEPARAÇÃO

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade

DERRIBADA A PAREDE DE SEPARAÇÃO
Efés. 2:14


Ao visitar Jerusalém, encontramos duas raças ocupando a Cidade Santa, separadas por entrincheiramentos de arame farpado, e uma faixa neutra, cheia de casas danificadas por bombas. Por toda parte era evidente a amarga animosidade existente entre esses dois povos não cristãos.
Poucos dias depois visitamos outro país, e ali assistimos a um culto. Havia, na congregação, representantes de ambas as nações, de Jerusalém. Juntos, cantaram nossos hinos. Oraram juntos. Unidos, estudaram a Palavra de Deus. Nada de ressentimentos. Qual a razão dessa diferença? – Jesus!
O amor de Cristo havia derribado "a parede de separação que estava no meio". Eram agora um em Cristo Jesus. – Meditações Matinais.

do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

CONSELHOS EGÍPCIOS CONTRA A BEBIDA

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso

1 – CONSELHOS EGÍPCIOS CONTRA A BEBIDA

Não fique esquecido nas distilarias. Tenha cuidado para que as palavras que você diz quando embriagado não se voltem contra você. Quando, no fim, suas pernas falharem e você cair, ninguém lhe ajudará. Seus companheiros mais chegados deixarão você, dizendo: "Fique longe dele, é beberrão!"

do livro 200 Ilustrações, da Casa Publicadora Batista, 1947