terça-feira, 31 de março de 2009

O PODER DO AMOR

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O PODER DO AMOR

Um garotinho de quatro anos de idade foi levado, das favelas de Chicago, para um orfanato. Depois de lhe haverem dado o banho e o terem aprontado para ir para a cama, à noite, quando a empregada lhe indicou o leito alvo e macio, erguendo os lençóis limpos e convidativos, ele fez um gesto de espanto, dizendo:
– A senhora quer que eu entre aí? Pra quê?
– Claro, pois é aqui que você vai dormir!
O pequeno arregalou os olhos. A idéia de dormir num lugar desses era para ele compreender. Nunca em toda sua vida, dormira em uma cama.
Foi posto carinhosamente no leito e a empregada lhe deu o boa noite com um beijo. E aquele pedacinho de gente tirou a mão de debaixo das cobertas e esfregou na face, para enxugar o beijo.
– Por que a senhora fez isso? – perguntou intrigado.
Mas na manhã seguinte se achegou para a empregada e lhe pediu:
– A senhora não quer fazer aquilo de novo – aquilo que me fez ontem à noite?
Nunca dantes recebera um beijo, nem sabia da existência de tal expressão de afeto.
Uma semana depois, o garoto vinha para junto dela três ou quatro vezes ao dia e, com expressão de doçura, rogava: A senhora me quer amar um pouco?
Algumas semanas depois chegou ao orfanato uma senhora, desejosa de adotar um órfãozinho como filho, de maneira que a empregada lhe trouxe aquele garotinho. A senhora, fitando-o, disse:
– Tomazinho, você não gostaria de ir para minha casa? Ele ficou olhando para o chão. Tornou ela: – Eu lhe darei um cavalinho e uma porção de brinquedos, e você terá um tempo divertido, e lhe darei muitos passatempos interessantes.
O pequeno continuou fitando o chão, sem dar nenhuma atenção à senhora. Esta continuou falando, procurando persuadi-lo, e por fim o pequeno lhe fitou o rosto e disse:
– A senhora vai me amar, também?
Digo-lhes, amigos, há nesta historiazinha muito de patético, que nos fala eloqüentemente do poder do amor. – 1001 Illustrations.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

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