Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O SACRIFÍCIO DO AMOR
Quem não tem lido com interesse o conto do toque de descanso?
Um jovem soldado, por uma ofensa, foi condenado à pena de morte e a hora indicada para sua execução foi o momento do toque de descanso.
Naturalmente tal morte teria sido terrível na primavera da juventude; mas a morte desse desventurado jovem foi duplamente terrível, porque ia logo casar-se com uma senhorita a quem amava muito.
A jovem, que o amava tão ardentemente, fez tudo quanto pôde para evitar sua morte; foi suplicar ao juiz e ainda foi ver Cromwell, o grande general, rogando-lhes que anulassem a pena de morte, mas tudo em vão. Em sua desesperada condição procurou persuadir e subornar o sineiro para que não desse o toque de descanso, mas isto tão pouco teve êxito.
Aproximou-se a hora da execução e todos os preparativos foram feitos. O oficial tomou o criminoso e o levou para o lugar determinado, ficando à espera de que se fizesse o sinal pura o toque de descanso.
Todos ficaram pasmados porque o sino não soou; só um ser humano sabia o motivo daquilo. A pobre senhorita, meio louca de desespero, pensando na terrível situação do noivo, havia subido à escada da torre, até onde ficava o sino e se agarrou ao badalo com toda a sua força. O sineiro estava no seu lugar à hora de costume, puxou a corda que pendia do sino e este começou a bambolear.
A valente jovem agarrou-se com mais força ao badalo e era sacudida juntamente com o sino. A cada movimento parecia-lhe que iria ser atirada pela janela da torre. Toda vez que o sineiro puxava a corda, a jovem ainda que naquela desesperada condição, mais se agarrava ao badalo, mesmo que suas mãos estivessem doridas e sangrentas, e a sua força, se esgotando. Por fim, o sineiro se foi, satisfeito de haver cumprido o seu dever. Sendo velho e surdo não notou que o sino não havia tangido. A valente moça desceu a escada, ferida e trêmula, e apressadamente foi do templo ao lugar da execução.
O próprio Cromwell estava ali, e no momento que ia mandar alguém saber o motivo do silêncio do sino, ela o viu, e sua fronte, antes pálida e triste, brilhou com esperança e valor. Contou o que havia feito e lhe mostrou suas mãos e faces ensangüentadas; embora desfalecida pela profunda angústia, encheu-se-lhe o coração de piedade e uma luz deslumbrou-lhe os olhos.
– Vá embora – exclamou Cromwell –, o toque de descanso não soará esta noite.
Pensa você que este jovem, redimido da condenação da lei pelo sacrifício do amor, consideraria difícil qualquer serviço ou sacrifício que fizesse por quem o havia salvo de uma morte segura? De nenhuma maneira; ele teria posto sua vida no altar do sacrifício por ela.
Escutai outra história, de um amor mais glorioso. A cena se deu no Calvário: Jesus, o filho de Deus, estava na cruz. A fronte, uma vez coroada com glória, agora está coroada de espinhos; as mãos uma vez estendidas para feitos de amor, de misericórdia, agora estão cravadas cruelmente na cruz. O coração, que uma vez palpitava e se compadecia das tristezas da humanidade, está atravessado pela lança que derramou seu precioso sangue. Oh! que triste momento na história do mundo! Ele tremeu, as montanhas estremeceram, o sol se escondeu, a pobre humanidade caiu na escuridão porque o Filho do Homem estava moribundo.
Escutai: "Está consumado!" O grande plano da redenção, nascido no amor de Deus, agora recebeu o último toque para cumpri-lo e Deus e o mundo se encontram reconciliados.
Ó amigos! Isto foi por nós! Correspondamos, não somente com nosso coração, e nossa vida, mas também com tudo que temos para glorificar ao Filho e estender Seu reino de pólo a pólo. – L.G. Broughton.
Quem não tem lido com interesse o conto do toque de descanso?
Um jovem soldado, por uma ofensa, foi condenado à pena de morte e a hora indicada para sua execução foi o momento do toque de descanso.
Naturalmente tal morte teria sido terrível na primavera da juventude; mas a morte desse desventurado jovem foi duplamente terrível, porque ia logo casar-se com uma senhorita a quem amava muito.
A jovem, que o amava tão ardentemente, fez tudo quanto pôde para evitar sua morte; foi suplicar ao juiz e ainda foi ver Cromwell, o grande general, rogando-lhes que anulassem a pena de morte, mas tudo em vão. Em sua desesperada condição procurou persuadir e subornar o sineiro para que não desse o toque de descanso, mas isto tão pouco teve êxito.
Aproximou-se a hora da execução e todos os preparativos foram feitos. O oficial tomou o criminoso e o levou para o lugar determinado, ficando à espera de que se fizesse o sinal pura o toque de descanso.
Todos ficaram pasmados porque o sino não soou; só um ser humano sabia o motivo daquilo. A pobre senhorita, meio louca de desespero, pensando na terrível situação do noivo, havia subido à escada da torre, até onde ficava o sino e se agarrou ao badalo com toda a sua força. O sineiro estava no seu lugar à hora de costume, puxou a corda que pendia do sino e este começou a bambolear.
A valente jovem agarrou-se com mais força ao badalo e era sacudida juntamente com o sino. A cada movimento parecia-lhe que iria ser atirada pela janela da torre. Toda vez que o sineiro puxava a corda, a jovem ainda que naquela desesperada condição, mais se agarrava ao badalo, mesmo que suas mãos estivessem doridas e sangrentas, e a sua força, se esgotando. Por fim, o sineiro se foi, satisfeito de haver cumprido o seu dever. Sendo velho e surdo não notou que o sino não havia tangido. A valente moça desceu a escada, ferida e trêmula, e apressadamente foi do templo ao lugar da execução.
O próprio Cromwell estava ali, e no momento que ia mandar alguém saber o motivo do silêncio do sino, ela o viu, e sua fronte, antes pálida e triste, brilhou com esperança e valor. Contou o que havia feito e lhe mostrou suas mãos e faces ensangüentadas; embora desfalecida pela profunda angústia, encheu-se-lhe o coração de piedade e uma luz deslumbrou-lhe os olhos.
– Vá embora – exclamou Cromwell –, o toque de descanso não soará esta noite.
Pensa você que este jovem, redimido da condenação da lei pelo sacrifício do amor, consideraria difícil qualquer serviço ou sacrifício que fizesse por quem o havia salvo de uma morte segura? De nenhuma maneira; ele teria posto sua vida no altar do sacrifício por ela.
Escutai outra história, de um amor mais glorioso. A cena se deu no Calvário: Jesus, o filho de Deus, estava na cruz. A fronte, uma vez coroada com glória, agora está coroada de espinhos; as mãos uma vez estendidas para feitos de amor, de misericórdia, agora estão cravadas cruelmente na cruz. O coração, que uma vez palpitava e se compadecia das tristezas da humanidade, está atravessado pela lança que derramou seu precioso sangue. Oh! que triste momento na história do mundo! Ele tremeu, as montanhas estremeceram, o sol se escondeu, a pobre humanidade caiu na escuridão porque o Filho do Homem estava moribundo.
Escutai: "Está consumado!" O grande plano da redenção, nascido no amor de Deus, agora recebeu o último toque para cumpri-lo e Deus e o mundo se encontram reconciliados.
Ó amigos! Isto foi por nós! Correspondamos, não somente com nosso coração, e nossa vida, mas também com tudo que temos para glorificar ao Filho e estender Seu reino de pólo a pólo. – L.G. Broughton.
-----
do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966
do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966
Nenhum comentário:
Postar um comentário