terça-feira, 31 de março de 2009

O AMOR É PACIENTE

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
O AMOR É PACIENTE

Uma das provas mais dolorosas por que se pode fazer passar o caráter e a paciência de um homem foi a que sucedeu ao célebre filósofo Abauzi, quando residia em Genebra. Parece-se em diversos pontos com a desgraça que aconteceu a Newton e que ele suportou com igual resignação. Entre outras coisas, Abauzi dedicava-se ao estudo do barômetro e de suas variações, com o fim de deduzir as leis gerais que governam a pressão atmosférica.
Durante vinte e sete anos fez, todos os dias, numerosas observações que escrevia em folhas de papel preparadas para esse fim. Um dia, a criada, que recentemente entrara ao seu serviço, quis mostrar o seu zelo, pondo tudo em ordem. O gabinete de Abauzi, assim como todos os outros aposentos, foi limpo e arranjado. Quando ele entrou, perguntou à empregada: – Que fez do papel que estava à roda do barômetro?
– Oh, senhor!, estava tão sujo que o queimei e coloquei no seu lugar este papel que está completamente novo, como o senhor pode ver.
Abauzi cruzou os braços e, depois de alguns instantes de luta interior, disse com toda a paciência, resignado:
– Destruiu o resultado de vinte anos de trabalho; para o futuro não mexa em nada do que estiver neste quarto!
– Respigando.
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do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

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