sexta-feira, 3 de abril de 2009

FLORES - MENSAGENS DE DEUS

Publicada pelo Pastor Márcio Barroso dos Santos Trindade
FLORES – MENSAGENS DE DEUS

Há muito tempo, Napoleão Bonaparte lançou na prisão um jovem da nobreza, acusado de conspirar contra o governo. Esse pobre homem acostumara-se à vida em liberdade, criado que fora na abastança. Sua vida de estreito confinamento numa cela exígua, sem amigos, sem livros para ler, era por demais solitária. Apenas duas horas por dia lhe era permitido ficar fora, num pequeno pátio ladrilhado, onde gozava do ar puro e da luz do Sol.
Como os dias lhe decorressem lentos, distraía-se ele fazendo, de pedacinhos de madeira, pequenos navios, e rabiscando frases na parede. Entre estas liam-se coisas muito tristes. Num lado da parede escreveu em letras garrafais: "Todas as coisas vêm por acaso."
Um dia, quando andava para cá e para lá, no pequeno pátio, notou uma plantinha a brotar no interstício das pedras. Na falta de outra coisa para lhe afugentar o tédio, abaixou-se e pôs-se a examinar a plantinha. No dia seguinte fez a mesma coisa, e pareceu-lhe que a planta crescera um pouco. Dia após dia renovava a visita à planta, que se lhe tornou como um amigo. E ficou a cismar: Teria essa planta também vindo por acaso?
Abaixo das palavras "todas as coisas vêm por acaso", escreveu a palavra: "Talvez." Apôs alguns dias, desabrochou uma flor, de linda cor branca e púrpura, com um friso prateado. Como o prisioneiro se alegrou! A bela florzinha parecia trazer-lhe uma mensagem. Como que lhe dizia que coisa alguma acontece por acaso, que o grande Deus tem um propósito em tudo que acontece. Isto o reanimou, e reviveu-se-lhe a fé em Deus. A influência da florzinha continuou. Chegou aos ouvidos da imperatriz a história do interesse do prisioneiro na flor, e ela se comoveu e persuadiu a Napoleão a dar liberdade ao preso.
Ao deixar a prisão, levou consigo a plantinha e a plantou em seu jardim, a fim de que lhe fosse um perpétuo lembrete da solicitude de Deus.
Essa bela história lembra outra: O grande explorador Mango Park foi um dia assaltado e roubado por selvagens, no coração da África, a 800 quilômetros da mais próxima colônia européia. Sem roupa nem alimento, pensava em deitar-se ali no deserto e deixar-se morrer, quando notou uma pequena flor junto do lugar em que estava sentado.
Ao baixar-se para examiná-la, veio-lhe o pensamento de que, por certo, Aquele que criara aquela flor no deserto não ficaria indiferente a uma criatura feita à Sua própria imagem. A idéia inspirou-lhe novo ânimo, e resolveu prosseguir até que achou socorro. Assim, a pequenina flor foi instrumento em incutir-lhe ânimo e salvar-lhe a vida.
---
do livro "Mil Ilustrações Selecionadas", Dr. D. Peixoto da Silva, Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1966

Nenhum comentário: