quinta-feira, 26 de março de 2009

MÁRTIRES - OBEDIÊNCIA - OBRA DE DEUS

Publicada pelo Pastor Walmir Vigo Gonçalves
MÁRTIRES – OBEDIÊNCIA A DEUS – OBRA DE DEUS Dt 31.8

"O Senhor é quem vai adiante de ti: ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará, não temas, nem te atemorizes" (Dt 31.8).
Ao aproximar-se Martinho Lutero da porta prestes a abrir-se, para dar entrada à presença dos juizes na Dieta de Worms, encontrou-se com o celebrado Jorge de Freundsburgo. Jorge era um velho e corajoso general, que conduzira seus soldados contra os exércitos franceses e os pusera em fuga para o Placento, o que decidiu em alto grau o aprisionamento do rei da França. Este velho general, ao ver Lutero passar, deu-lhe uma palmadinha no ombro, e, meneando a cabeça, disse bondosamente: "Pobre monge. Vais tomar agora mais nobre posição do que eu ou qualquer outro capitão já tenha tomado na mais sangrenta de nossas batalhas. Mas se tua causa é causa justa e estás certo disto, vai em nome de Deus, e não temas. Deus não te abandonará". Foi realmente um nobre tributo rendido pela coragem da espada à coragem do espírito e do coração.
Necessitamos tanto do valor do espírito como da ação. Pensemos na coragem de Filipe, bispo de Heracléia, o qual, no principio do quarto século, foi arrastado pelos pés através das ruas, cruelmente açoitado, sendo de novo levado à presença do governador que o acusou de "obstinada temeridade em persistir na desobediência ao Decreto Imperial". Ele, porém, respondeu briosamente: "Meu procedimento não é efeito de temeridade, porém procede do amor e respeito que tenho para com Deus, que fez o mundo e há de julgar os vivos e os mortos, e cujos., mandamentos não ouso transgredir. Tenho, até aqui, cumprido meu dever para com os imperadores, e estou sempre disposto a cumprir as ordens justas que deles provêm em harmonia com a doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos manda dar tanto aos Césares como a Deus aquilo que lhes pertence. Sou, porém, obrigado a preferir o céu à terra, e a obedecer primeiramente a Deus, e não aos homens".
Eis a espécie de coragem que necessitamos hoje. Conquanto, maravilhemo-nos ante a coragem dos mártires de outrora, e lembremos que é preciso ter tanta ou mais coragem para viver para Deus do que para morrer por Ele.
Que Ele nos ajude a todos a sermos fortes e valorosos, destemidos, sabendo que Deus é conosco.

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